segunda-feira, 2 de março de 2015

Sobre o filme A Teoria de Tudo

A história do gênio Stephen Hawking não é desconhecida. Todos sabem da sua situação atual, em que o cosmólogo vive preso em um corpo e apenas consegue fazer suas ideias serem ouvidas por meio de uma voz metálica através de uma tecnologia fantástica. Chorei baixo durante o filme quando ele começou com os primeiros sintomas da doença motora degenerativa. Sua namorada se mostrou forte o bastante para ficar ao lado dele e, inclusive, se casaram e tiveram três filhos lindos após o diagnóstico. As cenas me emocionaram muito, pois é raro vermos um amor tão grande capaz de lidar com a pré-morte a qual foram levados a acreditar que duraria dois anos. Fiquei impressionada com o humor dele e a forma como ainda era galanteador e confiante. Em pensar que muitas pessoas se acham incapazes de amar novamente quando julgam seus problemas de saúde um empecilho. No entanto, o cientista - assim que soube que havia encontrado outra pessoa mais preparada para a situação, que o admirava e apreciava cuidar dele - liberou sua já cansada esposa para seguir sua vida. Aposto que se ele não a tivesse dispensado, indo viajar com a enfermeira, ela o acompanharia até hoje.  Chorei alto no final do filme. Céus, como pode ser possível alguém com tão forte senso de humor e força? Lógico que o que vimos é apenas a melhor parte... O universo é algo muito louco mesmo, tão louco que ás vezes dá pra sentir a explosão das estrelas, a formação do buraco negro e a extinção desse buraco negro no interior do peito... Afinal, tudo passa e se transforma, não é mesmo? Sempre digo que nada importa mais do que a saúde... Mas pensando bem, nada importa mais do que a mente. Tudo o que existe em nossas vidas é resultado das somas e subtrações que fazemos, das nossas atitudes. Meu Mestre de Hapkido sempre diz que a dor é nossa amiga, mas ela também me assusta. Antes eu gostava mais de senti-la, pois é sinal de vida mesmo. Porém, sentir fisgadas é indício de quebra, esfarelamento e, portanto, há que se cuidar para não confundir a dor amiga da dor malvada. Para ser honesta, já sinto menos dor agora, já posso parar de escrever.

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