sábado, 2 de agosto de 2014

O INTANGÍVEL

Algumas vezes paro para pensar no porquê de se fazer tanta coisa, de se querer tanta coisa. Queria trabalhar em um lugar legal, estudar para aumentar conhecimento, grana e, quem sabe, status. Com a agenda lotada, espero chegar o fim de semana para passear, ver outras pessoas, dormir melhor, etc. Meses se passam como que mecanicamente, tudo corre bem, atinjo meus objetivos, recebo coisas boas e me alegro com os resultados do meu esforço, mas, afinal, qual o sentido de tudo isso?
É claro que quando os fatos passam de forma mecânica, ou automática, é quando estou feliz. Que bom que em geral estou feliz, pois é muito desagradável que, só porque estou triste ou indignada, eu perceba que lacunas se abrem com o meu mau humor. 
Deus poderia ter nos dito, antes de descermos para a Terra, algo como "Meu filho, o sentido de tu ires viver é tal". Porém, obviamente uns iriam concordar com tal propósito escolhido por nosso criador e outros não. Como Deus é muito inteligente, decidiu manter oculto esse detalhe, então vamos vivendo na ignorância. 
Para que querer o bem dos outros? Para que lutar por algo que possa melhorar a vida de quem se ama se a própria pessoa não acha a tua luta importante? Como não se mover vendo a inércia? Toda a ação tem uma reação, tudo que entra sai, tudo que vai volta, e tudo em nosso mundo é um mistério. Gostaria de entender o que se passa com aquele que não escuta, com aquele que não vê, com aquele que não fala. Oh, cegueira mundana, talvez pudesses me dominar também, para que eu não sofresse com os males de minha incompreensão

Nenhum comentário:

Postar um comentário