quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Fim de um ciclo, começo de outro

No peito há um relógio; na fonte, outro. O ponteiro gira e retoma o movimento, amplia o ritmo e reduz o tempo, todo o tempo, infinitamente. Eu, uróboro, cresço e devoro-me, agarro meu rabo e atinjo o equilíbrio e a temperança feminina. Estou pronta. Contorço-me e me transformo em duas hélices conjugadas. Vou e volto através de meus polos. E agora, o que me resta? Tudo, ainda não estou pronta. 
No jogo da vida passamos a bola, ao passar a bola não vemos mais nada, só a bola. Não vemos o fundo, não vemos as pistas, não vemos oportunidades. É preciso experiência para passar a ver outras bolas de outras cores, outros participantes do jogo, outros elementos. Planejar é bom, mas não demais. Fazer é que torna-se importante. Se colocar no lugar do outro, ver os lados opostos, ser homem e mulher, ser água quente e fria, contornar os obstáculos. Em 2014, integre-se com o mundo, com o planeta e os seres vivos. Busque sabedoria e equilíbrio. O relógio cósmico não para, mas algumas coisas podem ser retomadas e consertadas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário